Ao resumir a ditadura fascista de Mussolini, o filósofo Benedetto Croce desdenhou a importância do duce, a seu ver um pobre comediante, e culpou o rei Vittorio Emanuele III pelo regime trágico que levou a Itália à derrota bélica e moral de 1945. No juízo do solitário de Sorrento, Mussolini não passava de um “palhaço”, criado, promovido e mantido pela monarquia. Em razão disso, Croce se envolveu de corpo e alma na propaganda republicana e organizou seu Partido Liberal, participando ativamente do plebiscito que instituiu a República. Se, para Croce, Mussolini era um clown, o que ele diria de Berlusconi?