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Consulado do Chile e Justiça brasileira vão avaliar invasão do Maracanã

Cônsul diz que os casos serão estudados individualmente, pois alguns torcedores moram no Brasil

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O consulado do Chile e a Justiça brasileira vão avaliar a invasão do Maracanã por torcedores chilenos, que aconteceu na tarde desta quarta-feira (18/6), um pouco antes da partida entre Espanha e Chile. A informação foi dada pelo cônsul do Chile no Rio de Janeiro, Samuel Ossa. A Polícia Federal (PF) determinou nesta quarta que os 85 torcedores flagrados no tumulto deixem o país em 72 horas. 

>> Chilenos que invadiram Maracanã terão que deixar o país

O Ministério da Justiça informou que, caso os torcedores chilenos notificados não cumpram a decisão da PF, eles podem ser deportados de forma sumária, com base no Estatuto do Estrangeiro. Segundo Ossa, alguns torcedores moram no Brasil e esses casos serão avaliados de forma individual. O cônsul do Chile fez questão de ressaltar que após o episódio no Maracanã as relações entre os países devem continuar "melhores possíveis". O consulado vai estudar as formas de ressarcir o governo pelos estragos causados pelos torcedores estrangeiros. 

Os invasores foram levados para o Consulado por volta das 23h e expressavam felicidade pela vitória de 2 a 0 do Chile contra a Espanha.

A invasão

O grupo driblou o esquema de segurança do estádio, na Zona Norte do Rio, e invadiu o Centro de Mídia por volta das 15h. O estádio foi, logo em seguida, palco do jogo entre Chile e Espanha, que terminou com o time europeu se despedindo do campeonato após perder por 2x0. Já é a segunda invasão que acontece no estádio carioca desde o começo da Copa do Mundo.

De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança, a organização do evento teria solicitado o apoio da Polícia Militar para resguardar alguns acessos ao estádio de modo a controlar o que eles classificaram como uma ação agressiva e orquestrada por parte do grupo de torcedores. Foram detidos na operação 85 invasores.

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro informou que os detidos tinham sido encaminhados para a Cidade da Polícia, no bairro do Jacaré, Zona Norte do Rio.

Falhas na segurança do estádio

De acordo com relatos de pessoas que estavam no local durante a invasão, o grupo de torcedores teria forçado uma das grades de segurança que cercam o local para conseguir entrar. A invasão gerou confusão e correria entre os jornalistas que trabalhavam no Centro de Mídia do Estádio do Maracanã. Duas paredes teriam sido derrubadas e o grupo precisou ser contido pela força de segurança especial da Fifa.

No primeiro jogo do Maracanã um grupo de cerca de 20 torcedores argentinos também conseguiu invadir o estádio. Os invasores teriam aproveitado uma falha da segurança no portão 4, que estaria sendo pouco policiada no momento. Alguns torcedores pularam o muro e outros empurraram o portão na tentativa de entrar. Houve dificuldade em fechar o portão e impedir a entrada de mais gente.