As primeiras eleições nacionais do Líbano em nove anos, realizadas neste domingo, foram marcadas por uma fraca participação dos eleitores, refletindo a frustração em relação à corrupção endêmica e a uma economia estagnada. Os políticos exortaram os cidadãos a votarem e as forças de segurança lutaram para manter a ordem, à medida que as brigas irrompiam dentro e em volta dos locais de voto.
O presidente Michel Aoun pediu aos eleitores que votassem, em um discurso televisionado uma hora antes do fechamento das urnas. "Se você quer mudanças, você deve exercer o seu direito" de votar, ele disse, em uma mensagem publicada simultaneamente no Twitter.
As eleições são as primeiras desde que a guerra estourou na vizinha Síria em 2011, enviando mais de um milhão de refugiados para o Líbano, que tem uma população estimada de cerca de 4,5 milhões. A guerra dividiu o país, colocando partidos que apoiam a intervenção do Hezbollah, patrocinada pelo Irã, na Síria, para ajudar o presidente Bashar Assad contra os partidos alinhados com a Arábia Saudita.
Espera-se que os resultados iniciais comecem a ser divulgados ainda hoje, mas não se espera que os números oficiais sejam anunciados antes de amanhã.
Mas o baixo comparecimento - entre 30% e 40% nos distritos de Beirute, de acordo com a Agência Nacional de Notícias do país - revela a falta de entusiasmo dos eleitores com as principais correntes políticas do país, e deixou aberta a possibilidade de candidatos de novas correntes conseguirem cadeiras no Parlamento. Fonte: Associated Press.