O governo da Colômbia e a guerrilha ELN irão retomar os diálogos de paz em Havana, depois que o Equador se afastou surpreendentemente das negociações, que visam a encerrar um conflito armado de meio século.
"Após examinarmos conjuntamente as opções para retomar os diálogos o mais rapidamente possível, decidimos continuar a quinta rodada na cidade de Havana, a partir da próxima semana", indicaram as partes neste sábado, em comunicado oficial.
O Equador havia acolhido as negociações de Bogotá com o último grupo rebelde da Colômbia desde fevereiro de 2017. No último 19 de abril, deixou de sediar as conversas e de ser um dos seis países garantidores, após ataques e sequestros de dissidentes da ex-guerrilha das Farc em seu território.
No momento da suspensão, o governo e o ELN negociavam um cessar-fogo bilateral, após o descongelamento do processo, em 15 de abril, depois de uma crise que causou o recrudescimento dos confrontos.
"O trabalho desta quinta rodada seguirá concentrado em alcançar um novo cessar-fogo e o desenho da participação da sociedade, que impulsionem o desenvolvimento da agenda e a possibilidade de se chegar a um Acordo Marco", assinalaram as partes.
"Esperamos ir avançando muito rápido", declarou o presidente Juan Manuel Santos.
Havana foi sede por quatro anos dos diálogos com as Farc, concluídos em 2016, com a assinatura de um acordo de paz histórico.
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