Legisladores do Kansas aprovaram uma lei para que o estado permita que agências de adoção religiosas se recusem a prestar seus serviços a casais do mesmo sexo, uma medida qualificada como discriminatória por defensores dos direitos homossexuais.
O parlamento estadual, de maioria republicana, aprovou uma lei polêmica que dá proteção legal aos grupos que citam crenças religiosas para se negarem a dar em adoção menores de idade a casais homossexuais.
O governador republicano Jeff Colyer prometeu assinar a medida para transformá-la em lei.
Os opositores, entre os quais há defensores do bem-estar infantil, denunciaram que a lei legaliza a discriminação, enquanto os que a apoiam afirmam que estimulará mais agências de adoção com vínculos religiosos a operarem no estado.
Organismos de caridade católicos e outras agências de adoção "são essenciais para o tecido de nossas comunidades". "Espero assinar esta lei porque aumentará as oportunidades para crianças necessitadas de encontrar lares amorosos", disse o governador.
O grupo Human Rights Campaign, que defende os direitos dos homossexuais, qualificou a lei de "claramente discriminatória" e instou o governador a vetá-la.
"Esta lei insidiosa dificultará que as crianças encontrem lares amorosos e qualificados", disse o vice-presidente do HRC, JoDee Winterhof.
"Os líderes empresariais, defensores do bem-estar infantil, líderes religiosos e cidadãos do Kansas, todos se manifestaram contra esta lei", acrescentou.
Ao menos oito estados do país adotaram medidas similares, entre eles Oklahoma, Alabama, Michigan, Dakota do Sul e Texas. Em contraste, outros estados aprovaram leis que proíbem a discriminação baseada em orientação sexual para casos de adoção.