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EUA cria menos vagas, mas taxa de desemprego é a menor em 17 anos

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O mercado de trabalho dos Estados Unidos continuou a mostrar sua força em abril, registrando a menor taxa de desemprego em 17 anos, mesmo quando a criação de empregos e o aumento dos salários foram decepcionantes.

O Departamento de Trabalho informou nesta sexta-feira (4) que 164 mil novos empregos foram gerados em abril, um dos números mais fracos em sete meses e menor do que os 190 mil que os analistas calcularam.

"Isso indica que o crescimento do emprego está começando a desacelerar", disse Chris Low, da FTN Financial.

No entanto, o governo revisou o número de empregos gerados em março e colocou-o em 135 mil contra os 103 mil anunciados a princípio.

A taxa de desemprego caiu 2 décimos, a 3,9%, e é a mais baixa desde dezembro de 2000.

O presidente Donald Trump comemorou o indicador. "Acabamos de romper os 4% pela primeira vez em muitos e muitos anos e estamos muito orgulhosos", disse ele à imprensa.

No entanto, esta queda no desemprego é, em parte, devido a uma redução no volume da força de trabalho - que perdeu 0,1 ponto, a 62,8%. Essa é a taxa mais baixa em quatro meses, porque cerca de 200 mil pessoas desistiram de procurar trabalho.

Embora o mercado de trabalho esteja em boa forma, "em geral, este é um relatório de emprego moderado", disse Gregory Daco, da Oxford Economics.

Mickey Levy, da Berenberg Capital Markets, disse que, apesar da turbulência financeira e das incertezas sobre o comércio mundial, "as empresas estão bastante confiantes nas perspectivas econômicas para continuar contratando".

No entanto, observou ele, "a redução na taxa de participação na força de trabalho de pessoas entre 25 e 54 anos mostra uma ligeira degradação da valorização do mercado de trabalho".

O salário médio por hora subiu muito pouco, 0,15%, em abril - um aumento de 4 centavos, a 26,84 dólares.

vmt/ja/mr/ll