Dezenas de palestinos foram feridos por soldados israelenses na Faixa de Gaza durante a sexta sexta-feira consecutiva de manifestações, que reuniram milhares de manifestantes perto da fronteira, indicaram as autoridades da Saúde do território palestino.
Os serviços médicos atenderam 431 pessoas com vários ferimentos, entre elas 98 com feridas por armas de fogo e balas de borracha, segundo o ministério da Saúde de Gaza.
Uma coluna de fumaça subia de um acampamento de protesto no leste da cidade de Gaza no qual os palestinos queimaram pneus e lançaram rojões e pelo menos um coquetel Molotov com o qual tentaram provocar um incêndio em campos israelenses próximos.
Os manifestantes se aproximaram da barreira de segurança na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, mas recuaram quando o exército israelense disparou gases lacrimogêneos.
Segundo o porta-voz militar, alguns dos manifestantes lançaram pedras nas forças israelenses e houve uma tentativa de "sabotar a barreira de segurança e entrar em Israel".
Shifa Abu Qadas, uma manifestante de 28 anos, disse que protestou todas as sextas.
"Voltaremos à nossa casa hoje, amanhã ou mais tarde", disse. "Não tenho medo. Só se morre uma vez".
Milhares de palestinos da Faixa de Gaza, território encravado entre Israel, Egito e o Mar Mediterrâneo, se reúnem regularmente desde 30 de março para exigir o direito dos palestinos de regressar às terras de onde foram expulsos ou fugiram após o criação do Estado de Israel em 1948.
O movimento de protesto, chamado a "Grande Marcha do Retorno", também denuncia o bloqueio imposto por Israel há mais de 10 anos ao enclave palestino dirigido pelo movimento islamita Hamas, com o qual o Estado judeu travou três guerras desde 2008.
Desde o início do movimento de protesto, 49 palestinos foram mortos por soldados israelenses e centenas ficaram feridos. Do lado israelense, nenhuma vítima foi registrada.
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