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Conselho de Segurança da ONU rejeita proposta russa de condenação a ataque

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu rejeitar a proposta da Rússia de condenar a ação militar ocorrida nesta madrugada coordenada pelos EUA, com forças do Reino Unido e França, a instalações de produção de armas químicas na Síria.

Apenas três países - Rússia, China e Bolívia - votaram a favor da resolução durante a reunião de emergência com os 15 membros do conselho, convocada pela Rússia neste sábado. Oito países votaram contra a proposta e três se abstiveram. A resolução precisa de pelo menos nove votos a favor para ser aprovada.

EUA, Reino Unido e França dizem que lançaram o ataque aéreo contra alvos sírios ligados ao desenvolvimento de armas químicas após obter provas de que gás venenoso foi utilizado na semana passada em Douma, nos arredores de Damasco. Rússia e Síria alegam que o ataque foi fabricado.

>> ONU convoca reunião para discutir ataques à Síria

Estados Unidos prontos para mais ataques à Síria

 A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, afirmou neste sábado (14) durante reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas que seu país está "armado e pronto para disparar" novamente caso o regime sírio de Bashar al-Assad continue usando armas químicas. Ontem (13), os governos norte-americano, francês e britânico lançaram 105 mísseis contra a Síria em resposta à suspeita do uso de armas químicas contra civis na cidade de Duma, região da Ghouta Oriental, atribuído pelos rebeldes a Damasco.

"Acreditamos que conseguimos paralisar o programa de armas químicas da Síria. Estamos prontos para manter esta pressão. Se o governo sírio usar gás venenoso novamente, os Estados Unidos estão totalmente prontos", disse.

O representante da Rússia, por sua vez, deixou nítido seu descontentamento e falou em "hooliganismo na área internacional" e pediu uma resolução do Conselho exigindo o cessar de qualquer ataque no território sírio.

No entanto, Halley afirmou que "quando nosso presidente traça uma linha vermelha, nosso presidente a aplica". Caso haja um novo ataque químico, os "Estados Unidos estarão carregados e engatilhados".