"É um triunfo", disse nesta segunda-feira (5) Luigi di Maio, o candidato a primeiro-ministro do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), o mais votado nas eleições legislativas italianas de ontem."Obrigado aos cerca de 11 milhões de italianos que votaram em nós", afirmou o jovem político, em um pronunciamento de Roma.
Mesmo com os votos ainda sendo apurados, o M5S já é o partido mais votado nas eleições, com 32%. Agora, a legenda tentará negociar, nos bastidores, a formação de um governo.
Seu maior adversário é a coalizão de centro-direita dos partidos Força Itália (FI), Liga Norte, Irmãos da Itália (FI) e Nós com a Itália (NCI), que, juntos, tiveram 37% dos votos, sendo 17% somente da Liga, com o candidato a premier Matteo Salvini.
A coalizão também tentará formar um governo. "Assumimos essa responsabilidade de governar. Digo isso aos investidores, mas também aos cidadãos italianos", exaltou Di Maio, diante da preocupação da União Europeia (UE) e dos mercados com o resultado das eleições e o êxito dos partidos populistas.
"O resultado das eleições é um resultado de temas, e não ideológico. Sabemos que os cidadãos votaram no programa do M5S: imigração, segurança, emprego e desenvolvimento", comentou Di Maio. "Temos uma ocasião histórica para trazer soluções a estes problemas".
O líder do M5S, partido que se recusa a fazer alianças para governar e atualmente possui a Prefeitura de Roma, também deu a entender que confia na indicação do presidente, Sergio Mattarella, de quem deverá governar.
"O presidente da República saberá guiar esse momento com consciência e sensibilidade", disse. "Hoje, para nós começa a Terceira República, a qual será a República dos cidadãos italianos".