O magnata dos cassinos de Las Vegas Steve Wynn anunciou nesta terça-feira (6) sua renúncia como diretor executivo da empresa Wynn Resorts após acusações de assédio sexual.
"Nas últimas semanas eu me vi no centro de uma avalanche de publicidade negativa", afirmou Wynn em um comunicado. Segundo o magnata, a medida foi tomada "depois de refletir sobre o ambiente que isso criou - no qual acontecem julgamentos apressados sobre todo o resto, incluindo os fatos".
Para Wynn, não tem como continuar "cumprindo" suas funções de "forma efetiva". A decisão foi anunciada 10 dias depois da divulgação das acusações de assédio sexual por várias funcionárias da empresa.
No entanto, Wynn nega todas as acusações. O empresário também abandonou o cargo de diretor de finanças do Comitê Nacional Republicano logo depois das denúncias.Ele havia sido designado para o cargo após Donald Trump ser eleito presidente dos Estados Unidos.
Dezenas de mulheres acusaram o milionário de décadas de má conduta sexual. Segundo o "Walt Street Journal", Wynn teria supostamente pressionado funcionárias para realizar atos sexuais.
Considerado uma figura importante no mundo das apostas, Wynn, ex-rival de negócios e que se tornou aliado político de Trump, negou as acusações e apontou para sua ex-esposa Elaine de instigar as denúncias como parte de um "terrível e desagradável processo judicial" em busca de uma revisão do acordo de divórcio.
Este é mais um dos diversos casos de abusos sexuais que vieram a público nos últimos meses, principalmente pelo polêmico debate promovido pelo movimento social #MeToo, que incentiva vítimas a relatarem abusos.