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Vaticano condena ex-diretores do IOR por 'má gestão'

Paolo Cipriani e Massimo Trulli causaram prejuízo milionário

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O ex-diretor-geral do Instituto para as Obras de Religião (IOR) Paolo Cipriani e seu ex-vice Massimo Trulli foram condenados nesta terça-feira (6) por danos de 47 milhões de euros ao banco, que é o principal órgão financeiro da Santa Sé.

A sentença foi emitida pelo Tribunal Civil do Vaticano e diz respeito à "má gestão" dos ativos do IOR em determinados investimentos. "A Corte ordenou que eles indenizem o IOR pelos danos causados", diz uma nota da instituição.

Em fevereiro de 2017, Cipriani e Trulli já haviam sido condenados pela Justiça da Itália a quatro meses e 10 dias de prisão por omissão de informações sobre operações financeiras do chamado "Banco do Vaticano". Ambos deixaram o instituto em julho de 2013.

O IOR esteve envolvido nos últimos anos em escândalos de lavagem de dinheiro e irregularidades financeiras, e a Procuradoria de Roma chegou a acusá-lo de atuar sem autorização na Itália por 40 anos. Segundo o Ministério Público, o instituto funcionava como um "banco comum", sendo que seu estatuto se limita às "obras de religião".

Desde que virou papa, Francisco vem promovendo uma série de reformas na instituição, que incluíram a troca de todo o seu comando. "Tal decisão [a sentença contra Cipriani e Trulli] é um passo importante e que demonstra o significativo empenho da administração do IOR nos últimos quatro anos para transformar o instituto", diz a nota do banco.