Um grupo de pesquisadores descobriu mais de 60 mil estruturas arqueológicas maias escondidas no norte da Guatemala, informaram nesta quinta-feira (1º) autoridades locais.
De acordo com os especialistas, as relíquias foram encontradas nos dois últimos anos por meio do uso de um escâner com tecnologia LiDAR (Light Detection and Ranging).
Durante coletiva de imprensa, um dos diretores do estudo, o norte-americano Marcello Canuto, afirmou que a aeronave com sensores escaneou 2,1mil km² no estado de El Petén, na fronteira com o México.
Entre as descobertas, conforme revelado nas imagens, há novos centros urbanos com casas, palácios, terraços, canais de irrigação, e muito mais, informou Canuto, arqueólogo da Universidade de Tulane, nos Estados Unidos.
Além disso, o estudo também encontrou a localização de uma nova pirâmide de 30 metros, que havia sido identificada como um morro natural em Tikal, o principal sítio arqueológico do país.
"Agora não é necessário cortar a mata para ver o que há por baixo", afirmou Canuto, acrescentando que a investigação é uma "revolução na arqueologia maia".
Segundo os especialistas, o sistema LiDAR permitiu detectar em um curto prazo descoberta que teriam exigido décadas com a arqueologia tradicional. O estudo também sugere que as terras foram povoadas por 10 milhões de habitantes.
A civilização maia, que atingiu o seu pico há cerca de 1500 anos se estendeu por grande parte da América Central. As revelações serão exibidas em um documentário que estreará no dia 11 de fevereiro no canal de televisão National Geographic.