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Após novo atentado, Colômbia suspende diálogo de paz com ELN

O ELN é o segundo maior grupo guerrilheiro do país

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Após ataques a bomba durante o fim de semana na cidade de Barranquilla, o governo da Colômbia optou por suspender as negociações de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN). O anúncio foi feito pelo presidente, Juan Manuel Santos, durante um evento na cidade de Palma, nesta segunda-feira (29).

"Tomei a decisão de suspender o quinto ciclo de negociações que estava previsto para os próximos dias até que haja coerência entre as palavras do ELN e suas ações", disse o mandatário. "A minha paciência e a paciência do povo têm limites", completou.

Em 27 de janeiro, ao menos cinco policiais morreram e outros 20 ficaram feridos em um ataque a uma delegacia do bairro San José, em Barranquilla. O ELN reivindicou a autoria do atentado.

As negociações oficiais de paz com o ELN tiveram início em fevereiro de 2017, no Equador. Os embates entre o governo e o grupo se estendem por mais de meia século e já deixaram mais de 220 mil mortos.

No começo de janeiro, a Colômbia cancelou a retomada das negociações - marcadas para ocorrer em 10 de janeiro, no Equador - após a detonação de um oleoduto em Arauca, em outro ataque de autoria do grupo.

O ELN é o segundo maior grupo guerrilheiro do país, atrás apenas das "Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia", que chegaram a um acordo de paz e agora levam o nome de "Força Alternativa Revolucionária Comum" (FARC).