O especialista em ciências políticas sul-coreano do Instituto Rei Sejong, Jeong Song Jang, advertiu sobre o perigo de subestimar as capacidades do líder norte-coreano, Kim Jong-un, que completou 34 anos nesta segunda-feira (8), julgando-o apenas pela idade.
De acordo com a agência Yonhap, nesta segunda-feira (8), o líder da Coreia do Norte completou 34 anos. Enquanto isso, o dia do nascimento de Kim Jong-un, 8 de janeiro de 1984, e sua idade não são divulgados oficialmente em seu país.
"Até agora, nossa mídia julga as capacidades de Kim Jong-un somente por sua idade, o que é muito perigoso", afirmou Jeong Song Jang à Sputnik.
Segundo ele, o avô de Kim Jong-un, o primeiro presidente do país, Kim Il-sung, tinha 37 anos quando iniciou a Guerra da Coreia (1950-1953), no desencadeamento da qual Seul acusa Pyongyang.
Durante os mandatos de Lee Myung-bak e Park Geun-hye, as autoridades de Seul estavam se preparando somente para o "colapso" do Coreia do Norte, subestimando Kim Jong-un. Contudo, sua atividade contribuiu para o desenvolvimento do programa nuclear e de mísseis do país que no fim das contas resultou em "supremacia militar" sobre a Coreia do Sul, afirmou o especialista.
Jeong Song Jang acredita que no momento, a Coreia do Norte aposte na "ofensiva pacífica" na península da Coreia. Ao declarar no ano passado sobre a "conclusão da criação de arma nuclear", Kim Jong-un acionou a produção em massa e instalação de ogivas nucleares e mísseis balísticos, propondo melhorar simultaneamente as relações com a Coreia do Sul.
"Sendo assim, é muito perigoso enfraquecer a vigilância quanto ao vizinho do norte", afirmou o especialista sul-coreano. Segundo ele, desenvolvendo o diálogo com Pyongyang em diferentes áreas para assegurar a paz, é necessário buscar por "paridade militar e especialmente nuclear” entre o Sul e o Norte. Apenas manter o diálogo é insuficiente, opinou Jeong Song Jang.
Nesta terça-feira (9), na Zona Desmilitarizada entre os dois Estados coreanos está agendado o encontro ministerial com a finalidade de buscar meios de melhorar as relações e para debater a possível participação de atletas norte-coreanos dos Jogos Olímpicos de Inverno, que ocorrerão em Pyeongchang neste ano.
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