Os turistas que em suas viagens a países da Ásia participam de atividades nas quais os elefantes são os protagonistas devem pensar em duas vezes antes de realizá-las.
Segundo relatório da organização World Animal Protection divulgada nesta semana, a maior parte desses animais é altamente explorada pelos seus donos e tratada com crueldade.
A entidade de proteção dos animais examinou as condições de vida de cerca de 3 mil elefantes que "trabalham" em atividades turísticas de nações como Tailândia, Laos, Camboja, Nepal, Sri Lanka e Índia durante 2014 e 2016 e concluiu que três em quatro desses mamíferos vivem em condições "inaceitáveis", sendo acorrentados dia e noite sem comida ou tratamentos adequados.
Como se não bastasse, os filhotes também são separados das suas mães e sofrem cruéis processos de adestramento para se tornarem dóceis e submissos durante os espetáculos ou o transporte de turistas. Dos países examinados, o pior deles é a Tailândia, que é responsável por três quartos de todos os elefantes em cativeiro para fins turísticos.
"Se é possível montar, abraçar ou interagir com um animal selvagem é provavelmente porque ele está sendo tratado com crueldade", explicou o autor do relatório, Jan Schimidt-Burbach.
A organização afirmou que a pesquisa tem como objetivo sensibilizar os turistas do assunto e tentar impedir que eles agendem ou participem dessas atividades. Ela também ressaltou que já conseguiu convencer 160 companhias de viagem a suspenderem a venda e a promoção desses pacotes.