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De cortes ao euro: o programa econômico de Macron

Presidente eleito da França quer reduzir funcionalismo público

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O presidente eleito da França, Emmanuel Macron, já trabalhou como executivo no banco de investimentos Rothschild e chegou à vitória nas urnas com propostas para liberalizar a economia.

Como ministro das Finanças (2014-2016) do socialista François Hollande, Macron promoveu uma reforma para flexibilizar leis trabalhistas, projeto que foi alvo de grandes manifestações da esquerda - nesta segunda-feira (8), "anticapitalistas" já foram às ruas para protestar contra o programa liberal do presidente eleito.

O alicerce do projeto econômico de Macron é a proposta para cortar 75 bilhões de euros em gastos públicos até 2022 e reduzir o número de funcionários do Estado em pelo menos 120 mil. Além disso, ele pretende aprovar um plano de investimentos de 50 bilhões de euros para acelerar a economia.

O futuro inquilino do Palácio do Eliseu também propõe o aumento do controle sobre os subsídios para desempregados, proibindo o acesso a esses benefícios para quem recusar repetidamente oportunidades de trabalho. No âmbito da aposentadoria, Macron quer garantir o fim do "regime especial", que contempla sobretudo servidores públicos. Ainda assim, ele promete manter a carga horária máxima de trabalho em 35 horas por semana.

Outra batalha será na questão fiscal, com as promessas de isentar 80% dos franceses do imposto sobre moradia (uma renúncia equivalente a 10 bilhões de euros) e reduzir os subsídios para empresas. Para a zona do euro, Macron projeta a criação de um orçamento e de um "governo econômico" restrito à área da moeda comum e medidas para beneficiar em licitações as empresas que tenham pelo menos metade de sua produção dentro do bloco.