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Papa celebra Paixão de Cristo e recorda mortes em guerras

Homilia da missa ficou a cargo do pregador da Casa Pontifícia

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O papa Francisco celebrou nesta sexta-feira (14) a missa da Paixão de Cristo na Basílica de São Pedro, no Vaticano, como parte dos rituais de Páscoa. Diante do altar, o líder da Igreja Católica se ajoelhou e permaneceu em silêncio se confessando.    

O pregador oficial da Casa Pontifícia, padre Raniero Cantalamessa, celebrou a homilia da missa e fez uma dura crítica às mortes ocorridas em conflitos nas últimas semanas. "A história da Paixão de Cristo é a narração de uma morte violenta. E notícias de mortes violentas não têm faltado nos noticiários", comentou. 

"Ouvimos recentemente a notícia da morte de civis e crianças sírias com armas químicas, assim como a morte de 38 cristãos coptas no Egito na celebração de Domingo de Ramos. Estas notícias vêm tão rapidamente e constantemente que nos fazem esquecer do que ocorreu no dia anterior", disse o padre. 

"Após 2.000 anos, o mundo ainda lembra, como se fosse ontem, a morte de Cristo? E que esta morte mudou para sempre a concepção da morte, deu um novo sentido à morte do ser humano", argumentou Cantalamessa.    

O pregador usou citações de filósofos, como Nietzsche e Sarte, e até referências ao pintor Salvador Dalì, para compor sua homilia de Páscoa. Nesta noite, o papa Francisco preside ainda a Via Sacra no Coliseu, em Roma.