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Trump assina decretos para combater rombo comercial

China, México e União Europeia estão na mira do presidente

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (31) dois decretos para combater o déficit comercial do país, que terminou 2016 em US$ 502,3 bilhões, o maior valor em quatro anos.

O primeiro deles cobra do governo a identificação, em um prazo de 90 dias, de "todas as formas de abuso e qualquer prática não recíproca que contribua" para o rombo na balança comercial norte-americana.

De acordo com o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, o relatório final avaliará "país por país", "produto por produto", e servirá de base para futuras decisões da Casa Branca no âmbito comercial.

Já o segundo pede o estudo de medidas protecionistas contra produtos estrangeiros vendidos nos Estados Unidos por preços inferiores aos praticados em seus mercados internos, o chamado "dumping".

"Estamos em uma guerra comercial. Os Estados Unidos não se inclinarão mais perante o resto do mundo", afirmou Ross, a uma semana do encontro entre Trump e o presidente da China, Xi Jinping - o gigante asiático é o principal alvo dos decretos do republicano e tem um saldo positivo de US$ 347 bilhões em relação aos EUA.

"A China, sem seu enorme superávit comercial, nunca poderia ter crescido como cresceu", acrescentou o secretário. No entanto, além de Pequim, as ordens executivas assinadas por Trump miram a União Europeia, que pode ter alguns de seus produtos taxados em até 100% pelo novo governo norte-americano, e o México.

Logo em seu primeiro dia na Casa Branca, o presidente já havia retirado o país do Acordo de Associação Transpacífico (TPP), e existe a expectativa para uma revisão do Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), que também inclui México e Canadá.