O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está sendo criticado por políticos do Partido Democrata por ter usado o perfil oficial da Casa Branca no Twitter para atacar uma rede varejista.
No início deste mês de fevereiro, a Nordstrom, uma das mais tradicionais cadeias de lojas de departamento de luxo do país, removeu de suas gôndolas uma linha de roupas assinada pela filha do republicano, Ivanka, alegando "falta de vendas".
A decisão ocorreu no momento em que vem ganhando força um movimento para boicotar os produtos ligados ao presidente. Na última quarta-feira (8), Trump usou sua conta pessoal no Twitter para sair em defesa de Ivanka.
"Minha filha foi tratada muito injustamente pela Nordstrom. Ela é uma grande pessoa, sempre me incentivando a fazer a coisa certa! Terrível!", escreveu. Em seguida, o perfil oficial da Presidência dos Estados Unidos retuitou a mensagem.
Por meio de seu porta-voz, o senador democrata Bob Casey disse que é "inapropriado" e "antiético" para um presidente atacar uma empresa privada por "se recusar a enriquecer sua família". Já Norman Eisen, ex-conselheiro de Barack Obama, afirmou que as críticas de Trump são "ultrajantes".
Nesta quinta-feira (9), a Casa Branca deu mais um sinal de conflito de interesses em relação a Ivanka. No papel de conselheira do mandatário e ex-gerente de sua campanha, Kellyanne Conway convidou os cidadãos norte-americanos a comprarem as roupas criadas pela filha do republicano. "Não amo comprar, mas hoje o farei", acrescentou.
O governo dos EUA alega que Trump está apenas defendendo Ivanka de "ataques".