Matéria publicada nesta terça-feira (7) pelo The Guardian alerta que de acordo com denuncia da Anistia Internacional realizada nesta manhã, desde o início da guerra civil, as autoridades sírias executaram até 13 mil pessoas em enforcamentos coletivos em uma prisão ao norte de Damasco. O presídio foi apelidado pelos detentos de "matadouro". Em relatório, a ONG revela que, entre 2011 e 2015, grupos de até 50 detentos eram enforcados regularmente na prisão de Saidnaya. Os presos incluíam ex-militares suspeitos de deslealdade e pessoas envolvidas em revoltas contra o governo.
> > Up to 13,000 secretly hanged in Syrian jail, says Amnesty
Segundo a reportagem as execuções ocorriam uma ou duas vezes por semana, à noite e em segredo. Os detentos eram chamados pelo nome e levados com os olhos vendados a outra cela, onde eram espancados e depois mandados a outro edifício para serem enforcados, segundo a ONG.
O Guardian diz que a Anistia destacou que, antes de serem enforcados, os detentos de Saidnaya eram apresentados perante o que se denomina corte militar de campanha, onde ficavam, no máximo, dois minutos. As sentenças se baseavam em confissões extraídas sob tortura. As constatações do relatório divulgado nesta terça-feira são resultado de entrevistas com 31 ex-detentos e mais de 50 autoridades e especialistas, incluindo antigos juízes e guardas da prisão de Saidnaya.
O diário acrescenta que o governo do presidente Bashar al-Assad raramente comenta alegações de tortura e execuções em massa. No passado, autoridades negaram massacres denunciados por grupos de direitos humanos internacionais, descrevendo-os como propaganda.