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Rússia tem informações comprometedoras sobre Trump, diz documento 

Imprensa norte-americana vazou dossiê que poderia ser usado para chantagear presidente eleito

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Nesta terça-feira, a imprensa norte-americana divulgou documento supostamente secreto que afirma que a inteligência russa vem "apoiando e ajudando" o republicano Donald Trump por anos. O documento afirma ainda que haveria informações pessoais e financeiras comprometedoras sobre o presidente eleito.

Há ainda muitas dúvidas sobre a documentação. A CNN citou fontes oficiais com conhecimento direto do documento. Já o Buzzfeed afirmou que o relatório tem circulado entre funcionários do governo, agentes de inteligência e jornalistas há semanas e que as informações não são verificadas. 

Agentes russos teriam informações dos órgãos da inteligência suficientes para chantagear Trump sobre atividades sexuais "pervertidas" em Moscou. O documento aponta ainda que os russos teriam vídeos do presidente eleito em orgias com prostitutas em hotéis na capital russa. As farras seriam organizadas pelo serviço russo durante as constantes visitas de Trump ao país para negócios relacionados especialmente com a Copa do Mundo de 2018.

O documento aponta ainda que a inteligência russa coletou por anos informações comprometedoras também sobre de Hillary Clinton, por meio de chamadas telefônicas interceptadas e conversas que ela teve em visitas à Rússia. Um resumo dessas informações teria sido anexado ao relatório sobre a interferência russa na eleição de 2016, que foi apresentado a Trump por quatro chefes do serviço de inteligência americano na semana passada. 

Trump e Rússia negam

A Rússia  negou que tenha em seu poder "informações comprometedoras" sobre Trump. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, trata-se de uma "fraude, um absurdo completo". "Não nos ocupamos com a coleta de informações comprometedoras, isso é ficção", declarou.

O Kremlin já é acusado de ter patrocinado um ataque cibernético contra os servidores do Partido Democrata para prejudicar a candidata Hillary Clinton na eleição presidencial de 8 de novembro, mas teria guardado as informações sobre Trump para tentar chantageá-lo após sua posse.

"É uma evidente tentativa de prejudicar as relações bilaterais. Temos de reagir a essas notícias com certo bom humor, mas a parte triste da história é que ela incita a uma histeria para sustentar essa situação de caça às bruxas", acrescentou Peskov.

Em seu perfil no Twitter, o presidente eleito disse que o suposto dossiê é uma "notícia falsa" e que ele é alvo de uma "caça às bruxas política". As relações entre Trump e Rússia são motivo de controvérsia desde que sua candidatura ganhou força, e adversários temem uma eventual influência de Vladimir Putin na Casa Branca a partir de 20 de janeiro.

O fato é que o republicano e o presidente russo já trocaram elogios publicamente e prometeram melhorar as relações entre os dois países, apesar de essa proximidade ser vista com desconfiança pelos próprios correligionários de Trump. 

Com Ansa