Matéria publicada nesta quinta-feira (29) pelo Deutsche Welle conta que depois de um primeiro encontro marcado por cordialidades bilaterais, no qual Barack Obama e Donald Trump expressaram aspirar a uma transição de mandato pacífica, as tensões e diferenças entre o presidente americano e seu sucessor vieram à tona.
Segundo a reportagem a disputa começou com Trump acusando Obama de tentar prejudicar a transição com comentários incendiários. Em sua conta no Twitter, o magnata escreveu que estava fazendo o melhor para ignorar estas declarações e os obstáculos impostos pelo "Presidente O".
"Pensei que seria uma transição suave – Não!", pontificou Trump.
> > Deutsche Welle Obama and Trump look to clear the air as cracks appear in 'smooth' transition
O Welle descreve que em seguida ao primeiro comentário, o presidente eleito continuou a expor diferenças nas redes sociais. Ele criticou veemente a decisão dos EUA de se abster na votação do Conselho de Segurança da ONU sobre a resolução contrária aos assentamentos israelenses em territórios palestinos, dizendo que o Estado de Israel não pode ser tratado com desdém e desrespeito.
"Eles [Israel] tinham os EUA como um grande amigo, mas não têm mais. O começo do fim foi o horrível acordo com Irã e agora isso (ONU)! Aguenta firme, Israel, 20 de janeiro está quase chegando", escreveu o magnata, referindo-se à data da mudança de governo.
Pouco depois dos comentários nas redes sociais, Obama conversou com Trump pelo telefone, que então mudou completamente o tom de suas declarações sobre o tema.
"Ele me ligou. Foi um conversa muito, muito boa... gostei de ele ter ligado. Na verdade, acho que cobrimos bastante território. Nossas equipes estão se dando muito bem, e nós também, ao contrário de algumas declarações a que eu respondi", disse Trump à imprensa. Ao ser questionado sobre a transição, o magnata respondeu que estava indo "muito, muito suavemente".