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UE acusa Facebook de mentir na compra do Whatsapp

Empresa de Zuckerberg tem até janeiro para responder acusação

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Autoridades de fiscalização da União Europeia (UE) acusaram o Facebook de fornecer informações enganosas durante a avaliação para aquisição do WhatsApp.

Caso a denúncia seja confirmada, a empresa de Mark Zuckerberg receberá a cobrança de uma multa de 1% sobre o valor do faturamento total de seus negócios. No entanto, a rede social tem até 31 de janeiro de 2017 para responder a acusação à Bruxelas.

Em comunicado divulgado nesta terça-feira (20), a Comissão Europeia para a Concorrência afirmou que as objeções não devem comprometer a aprovação da fusão avaliada em US$ 22 bilhões em 2014.

Durante as negociações, Bruxelas havia perguntado sobre uma mudança na política de privacidade do WhatsApp, na qual o serviço informou que os números de telefone de alguns usuários seriam compartilhados com o Facebook, o que desencadeou investigações das autoridades de proteção de dados da UE.

"As empresas são obrigadas a fornecer informações precisas à Comissão durante as investigações sobre fusões, e deve levar esta obrigação a sério. Nossa análise eficaz depende da precisão das informações fornecidas pelas empresas envolvidas", afirmou Margrethe Vestager, comissária da UE.

Segundo a Comissão, o Facebook indicou em seu pedido de aquisição que não seria capaz de combinar as contas de usuários das duas empresas. "Neste estágio, a Comissão, portanto, expressa preocupação de que o Facebook intencionalmente, ou de forma negligente, submeteu informação incorreta ou enganosa, descumprindo as obrigações dentro da regulação de fusões da UE", acrescenta o documento.