Matéria publicada nesta quarta-feira (5) pelo La Nación conta que o governo de Maduro rejeitou as "ameaças" do Brasil e da Argentina após a reunião de terça-feira (4), em que se alertou para a possível saída do país desse bloco de países.
Segundo a reportagem o governo da Venezuela rejeitou duramente "ameaças e agressões" dos presidentes da Argentina, Mauricio Macri, e do Brasil, Michel Temer, após o ultimato dos líderes a Caracas, para cumprir suas obrigações do Mercosul.
La Nación diz que Macri e Temer se reuniram em Buenos Aires e concordaram sobre a situação na Venezuela. "Em relação à Venezuela vamos dar um prazo, e se eles não cumprirem deixarão de ser membros ativos do Mercosul", Macri disse em uma coletiva de imprensa conjunta com Temer.
O presidente da Argentina reiterou a advertência que fez sobre a condução do Mercosul pela Venezuela ha menos de um mês atrás, acrescenta o noticiário.
"Foram levantadas questões a respeito da violação dos direitos humanos e da não-aceitação do plebiscito. Mas vamos acompanhar de perto o que está acontecendo na Venezuela", disse Macri.
A resposta da Venezuela foi rápida. O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela emitiu um comunicado assumindo a cabeça da presidência pro tempore do Mercosul, desafiando a rejeição da Argentina, Brasil e Paraguai.
"A Venezuela, no exercício legítimo da Presidência pro tempore do Mercosul, rejeita as ameaças e ataques proferidos pelo Presidente da Argentina, Mauricio Macri, e o de fato Presidente da República Federativa do Brasil, Michel Temer, que persistem em sua ação para implodir e destruir o Mercosul ", disse um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
"A tríplice aliança, formada pelos governos da Argentina, Paraguai e Brasil ameaça a integração e estabilidade deste bloco", acrescentou o comunicado.
La Nación lembra que em setembro, Argentina, Paraguai e Brasil assumiram em conjunto com o Uruguai a presidência rotativa do Mercosul, que deveria ser dada a Venezuela pela ordem alfabética, e o grupo advertiu que a nação rica em petróleo poderá ser suspensa.