A Itália continuará fazendo sua parte na batalha contra o grupo Estado Islâmico (EI, ex-Isis), disse a ministra de Defesa italiana, Roberta Pinotti, nesta quarta-feira, dia 20, durante a reunião da coalizão que combate os militantes jihadistas que está sendo realizada nos Estados Unidos.
"Nos últimos meses, conseguimos sucessos militares significantes na luta contra o EI", apontou Pinotti, acrescentando que "agora precisamos aumentar os esforços". Seu homólogo norte-americano, Ashton Carter, disse que "não podemos descansar". "Precisamos fazer mais para infligir uma derrota duradoura" e "destruir a ideia da realização de um Estado islâmico baseado na ideologia bárbara do EI".
Ainda durante o encontro, realizado na base militar Andrews, em Maryland, o representante especial do presidente Barack Obama na coalizão antijihadista, Brett McGurk, lamentou os atentados dos chamados "lobos solitários" inspirados pela organização terrorista.
"É horrível, mas esse é o motivo pelo qual devemos atacar o coração do Estado Islâmico, pois essa noção de califado inspira essas pessoas, este movimento histórico de expansão", disse.
Além de derrotar militarmente o EI, libertando os territórios ocupados, McGurk destacou a importância de combater a propaganda na Internet, principalmente por meio do compartilhamento de informações de Inteligência.
Participam da reunião representantes de mais de 40 países. O foco principal é a ofensiva contra Mossul, uma das maiores cidade do Iraque, nas mãos do grupo desde 2014. A retomada da cidade deve ser um grande golpe para os jihadistas, que anunciaram um califado regido pela sharia, a lei islâmica, na região. Eles obtêm grande parte de sua renda vendendo o petróleo da cidade. A retomada de Ramadi, no final de dezembro, já debilitou bastante a ação do grupo na região e foi considerada uma enorme vitória das forças iraquianas.