Matéria publicada nesta sexta-feira (15) no jornal argentino Clarín, conta que o presidente Maurício Macri recebeu seu primeiro panelaço, símbolo dos protestos argentinos, os ‘cacerolazos’, como chamam lá, registrados em vários bairros da capital argentina. O protesto, convocado através das redes sociais, incluiu buzinaços em alguns bairros como Palermo e Almagro. Os moradores saíram à varanda, apesar da chuva fina e do frio, para bater panelas e garrafas plásticas.
Segundo a reportagem, em Palermo, comerciantes também batiam latas de aluminio e outros usaram cornetas de plástico, típicas em dias de jogo de futebol. O epicentro da manifestação foi o Obelisco, no centro da cidade. O aumento das tarifas dos serviços públicos virou uma dor de cabeça para o governo do presidente Macri, que assumiu em dezembro passado. E para o bolso dos argentinos. O argumento do governo para realizar os aumentos é o déficit fiscal deixado pelo governo de Cristina Kirchner (2007-2015).
Na sexta-feira passada, conforme fala o texto do jornal Clarín, um juiz determinou o bloqueio do aumento das tarifas de gás. O governo recuou e fixou um tope para o ajuste - 400%. Os ajustes tinham superado mil por cento. Pesquisas indicam que os argentinos "querem que o governo tenha sucesso", como disseram analistas em entrevistas aos correspondentes estrangeiros.
Ainda não foram informados números sobre o total de participantes nos panelaços desta noite de quinta-feira. Além do Obelisco, centenas bateram panelas em frente a residência presidencial de Olivos, finaliza o Clarín.