O governo britânico rejeitou neste sábado (9) uma petição movida por 4,1 milhões de britânicos para a realização de um novo referendo sobre o Brexit.
A petição pedia que o governo criasse uma regra para permitir que a consulta popular fosse anulada caso a maioria dos votos não atingisse 60%. No referendo de 23 de junho, 51,9% dos britânicos decidiram deixar a União Europeia (UE).
O documento também defendia a repetição do referendo, caso a taxa de participação fosse inferior a 75%. A participação na votação sobre o Brexit alcançou 72% de comparecimento às urnas.
Em resposta enviada por e-mail aos signatários da petição, o Ministério das Relações Exteriores britânico argumentou que nenhuma liminar de participação ou quantidade de votos foram estabelecidos antes na votação.
"Como o primeiro-ministro disse claramente na sua declaração perante à Câmara dos Comuns em 27 de junho, o referendo foi o maior exercício democrático da história britânica, com mais de 33 milhões de pessoas que se pronunciaram", diz o texto.
A mensagem ressalta que "a decisão deve ser respeitada" e que a preparação do processo de saída do Reino Unido da UE deve continuar.
O premiê britânico, David Cameron, que anunciou sua renúncia para outubro após o resultado do referendo, já disse que a decisão não deve ser questionada. As principais candidatas ao cargo pelo Partido Conservador, Theresa May e Andrea Leadsom, também endossam a validade da votação de junho.