Matéria publicada nesta segunda-feira (6) no Clarín, analisa que o governo demorou em confirmar que o presidente argentino tinha tido um problema de saúde na sexta-feira (3). O mesmo aconteceu com suas finanças.
Segundo a reportagem, as autoridades do governo se empenharam na sexta-feira (3) em garantir que nenhum deles tinha mentido aos jornalistas que os chamaram durante a tarde para perguntar se o presidente tinha sido internado por uma arritmia, como havia revelado um site. Eles dizem que não estavam mentindo porque Macri não estava internado naquele momento e porque –além do mais– eles não sabiam que naquele mesmo dia de manhã tinha sido detectada uma arritmia.
O jornal argentino Clarín, diz que essa situação mostra um costume que o presidente mantém: não informar publicamente –nem sequer aos seus assessores mais próximos– sobre situações pessoais que os argentinos deveriam saber. Na sexta-feira (3) Macri se comportou como se fosse um cidadão comum e não deu informação detalhada e atualizada aos canais do governo responsáveis por transmiti-la ao público. Foram três horas de “confusão comunicacional”, como disse um assessor, que poderia ter sido evitada.
Não é a primeira vez nos últimos dias que os assessores de Macri ficam desorientados porque ele se comporta como se não fosse uma pessoa pública. Há duas semanas boa parte da primeira linha do governo ficou sabendo pela imprensa que Macri tinha apresentado antecipadamente sua Declaração Jurada de Bens perante a Oficina Anticorrupção e que nela afirmava que tinha contas nas Bahamas com 18 milhões de pesos. Quando a confusão aumentou, Macri tentou corrigir o rumo poucos dias depois dizendo que tinha a intenção de trazer esses fundos para depositar em bancos nacionais. A essas alturas já era claro que o governo estava correndo atrás do prejuízo, finaliza o Clarín.