A célula do Hamas que realizou um bombardeio de um ônibus em Jerusalém, em abril de 2016, tinha planejado uma série de ataques na cidade e seus arredores, incluindo atentados suicidas, carros-bomba e tiroteios, segundo o Shin Bet anunciou no domingo (29) passado.
A célula era composta por seis agentes, alguns dos quais tinham sido anteriormente presos em Israel depois de serem processados por suas ligações com o Hamas. A célula recrutava indivíduos com o propósito expresso de realizar atentados suicidas.O Shin Bet interrogou os restantes dos membros da célula do Hamas ao longo do mês anterior. Abd el-Hamid Mohammed Abu Sarur, de 19 anos, residente no campo de refugiados de Aida, em Belém, que realizou o ataque em abril, ficou gravemente ferido no bombardeio e mais tarde morreu por seus ferimentos depois de ser hospitalizado.
Dezenove pessoas ficaram feridas no ataque em Jerusalém, que foi o primeiro bombardeio de ônibus realizado na cidade, desde dezembro de 2013. A investigação do Shin Bet também revelou que o dispositivo explosivo que foi detonado no ônibus em Jerusalém tinha sido construído por um dos membros da célula com materiais domésticos, utilizando instruções encontradas online na Internet.De acordo com fontes da segurança palestina, Sarur saiu de sua casa no dia do ataque, sua família mais tarde notificou a polícia palestina que ele tinha desaparecido.
Os outros membros da célula foram presos nos dias seguintes ao bombardeio. A investigação estava sob ordem de sigilo até domingo passado, quando os detalhes foram liberados para publicação.Entre os membros da célula estavam Mohammed Sami Abd el-Hamid el-Azza, um residente de Beit Sahour, de 18 anos, que já havia sido preso em Israel, entre 2004 e 2007, por estar envolvido no planejamento de ataques terroristas ligados ao Hamas.El-Azza foi um dos responsáveis pelas bombas da célula, de acordo com a investigação do Shin Bet, ensinando ao grupo a construção de dispositivos explosivos após assistir a vídeos online.
El-Azza também estava envolvido em um ataque a tiros, em outubro de 2015, perto da colônia Tekoa na Cisjordânia, juntamente com outro membro da célula, Mohammed Issa Mahmoud el-Berberi, também de 18 anos. Ninguém ficou ferido no ataque. O caso foi passado para o procurador militar, que irá apresentar acusações contra os membros da célula nos próximos dias.