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Corte de Milão condena filho de ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi

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A Corte de Apelação de Milão condenou nesta quarta-feira (17) o filho do ex-premier italiano Silvio Berlusconi, Piersilvio Berlusconi, e o presidente da empresa Mediaset, Fedele Confalonieri, a 14 meses de detenção pelo caso que ficou conhecido na Itália como Mediatrade.

O caso surgiu no processo sobre a produtora de vídeos Mediaset, da família Berlusconi, que investigava a compra e a venda de direitos televisivos. Pelo caso, o próprio ex-premier  havia sido condenado a 10 meses de trabalho voluntário por fraude fiscal. Os juízes analisaram os dados entre os anos de 2006 e 2008.

Os outros acusados pelo crime, os produtores Frank Agrama e Giovanni Stabilini e as italianas Daniele Lorenzano e Gabriella Ballabio foram absolvidos no julgamento de segunda instância.

A Corte informou que os atuais presidente e vice-presidente da Mediaset são os responsáveis pelo crime de fraude fiscal limitadamente ao ano de 2007. O crime prescreverá, portanto, em abril deste ano. Para os crimes cometidos em 2006, os juízes informaram que os delitos prescreveram, e para aqueles de 2008, ambos foram absolvidos.

Porém, mesmo tendo condenado os dois, a Corte de Apelação decidiu que as penas contra ambos devem ter uma “suspensão condicional” e não devem ser mencionadas no histórico de processos pessoais.

Na prática, isso significa que eles não irão para a cadeia neste momento. A prisão só seria efetuada no caso de uma nova condenação por uma instância superior, em que fossem considerados culpados. Caso isso ocorra, soma-se a pena aplicada pela Corte de Apelação e a possível nova condenação. Se não houver novo julgamento, eles não precisarão cumprir a pena.