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Ataque a Prefeitura deixa aos menos seis mortos na Bolívia

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Ao menos seis funcionários morreram asfixiados e outras 28 pessoas ficaram feridas na última quarta-feira, dia 17, na Bolívia, após manifestantes saquearem e incendiarem um prédio da Prefeitura de El Alto, governada pela oposição, nas proximidades da capital, La Paz.

O incêndio foi registrado durante um protesto que pedia melhor educação e mais professores no município. Aparentemente, sindicalistas se uniram a país de alunos que participavam do ato. 

A diretora do Hospital Holandes, para onde as vítimas foram levadas, Polonia Pinto, disse que a causa das mortes foi envenenamento por gás carbônico. O ministro do Interior, Carlos Romero, explicou que os funcionários ficaram presos em um banheiro enquanto tentavam fugir do edifício. 

As mortes aumentam a tensão na Bolívia, onde, no próximo dia 21, será realizado um referendo sobre uma reforma constitucional para decidir se Evo Morales, no Poder desde 2006, poderá ou não voltar a se candidatar ao cargo. Morales, que fez campanha ontem nas proximidades do local, em um bairro rico da periferia de La Paz, disse, em comunicado, que "lamenta as mortes de irmãos e irmãs" e que uma investigação será estabelecida. 

A prefeita Soledad Chapeton, por sua vez, em lágrimas, questionou porque a Polícia não apareceu no local. Ela ainda disse acreditar que aliados de Morales atearam fogo no prédio para dar fim a documentos incriminadores. 

Referendo

Morales está no poder desde 2006 e já cumpriu, tecnicamente, três mandatos após outra mudança constitucional - já que o primeiro teve apenas quatro anos de duração. Ele deve ficar no Poder, caso a medida não seja aprovada, até janeiro de 2020. Se ele for eleito a um quarto mandato, ficará até 2025 na Presidência