A União Europeia rebaixou as estimativas de crescimento da Itália do ano passado e previu um aumento no déficit público em 2016, informou o órgão em um relatório sobre o bloco econômico nesta quinta-feira (04).
Segundo a entidade, o país cresceu 0,8% em 2015 - contra a estimativa anterior de 0,9% - e irá crescer 0,1% menos em 2016 e 2017, com aumentos de 1,4% e 1,3%, respectivamente.
"Após crescer moderadamente em 2015, a economia italiana tem uma retomada em 2016 e 2017 com o reforço da demanda interna", destacaram os especialistas do órgão.
O governo ainda verá o déficit subir, em 2016, para 2,5% ao invés dos 2,3% estimados em novembro do ano passado. No ano passado, esse número foi mantido em 2,6%.
"Isso é reflexo do impacto da expansão da lei de estabilidade, incluídos os 3,2 bilhões de despesas acrescidas para a segurança e a cultura, que sozinhas aumentaram o déficit previsto de 2,2% para 2,4%", emitiu em nota a entidade. Já sobre o aumento no Produto Interno Bruto (PIB), a redução ocorrerão "após ter registrado um crescimento moderado em 2015".
Um dado positivo do relatório europeu é a queda no número de desempregados na Itália. O índice ficou, de acordo com cálculos da UE, em 11,9%, com quedas em 2016 (11,4%) e 2017 (11,3%). Em novembro, a entidade previa números em 12,2%, 11,8% e 11,6%, respectivamente.
- Europa: O crescimento na zona do euro está "em risco", de acordo com o documento divulgado hoje. "As previsões gerais de crescimento mudaram um pouco, mas os riscos de que o dado possa revelar-se pior do que o previsto aumentou", informou a entidade.
Para 2016, o PIB da zona do euro foi rebaixado para 1,7% a respeito do 1,8% calculado em novembro - para o ano seguinte, a previsão foi mantida em 1,9%.
Já a inflação no bloco deve ficar em apenas 0,5% - ao invés do 1% previsto no ano passado.