O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, divulgou nesta terça-feira (2) sua proposta para evitar que o Reino Unido saia da União Europeia. O órgão que ele comanda reúne os líderes de todos os países do bloco.
Entre outras coisas, o texto fala em "proteger os direitos" dos Estados-membros que não fazem parte da zona do euro - caso do Reino Unido -, mas exclui a possibilidade de essas nações terem poder de veto sobre decisões ligadas à área da moeda comum.
Para dar mais autonomia a Londres, Tusk propõe que os países integrantes do bloco possam "interromper a análise de uma proposta legislativa europeia" se um determinado número de parlamentares nacionais assim quiser. Além disso, os britânicos não serão obrigados a aumentar sua integração política com Bruxelas.
"O rascunho dos documentos de renegociação com a UE mostram um verdadeiro progresso em todas as áreas onde o Reino Unido precisa de mudanças, mas ainda há mais trabalho para fazer", escreveu no Twitter o primeiro-ministro David Cameron. A proposta de Tusk também estabelece que os imigrantes provenientes de outros países da União Europeia não tenham mais acesso imediato a todos os benefícios do sistema de bem-estar social britânico.
Ainda neste ano, o premier deve convocar um referendo para que o povo decida sobre a permanência do Reino Unido no bloco.