Marc Veyrat, um dos chefs que cozinharam na 21ª Conferência da Convenção das Partes das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP21), foi condenado nesta sexta-feira (18) a pagar uma multa de 100 mil euros pela violação de normas ambientais em seu restaurante nos Alpes franceses.
Ele foi sentenciado por ter lavrado 7 mil m² de floresta em Manigod, cidade onde sua família também possui uma propriedade.
Agora, o cozinheiro tem três meses para devolver o bosque, sob pena de uma nova sanção, desta vez de 3 mil euros para cada dia de atraso.
Segundo Nicolas Ballaloud, advogado de Veyrat, trata-se de uma punição "exagerada", que se justifica apenas pela "notoriedade" do chef. Além disso, ele cogitou a hipótese de recorrer da sentença. Já as autoridades dizem que o grau de degradação em algumas áreas do terreno é tão grande que o solo virou estéril.
Durante o julgamento, Veyrat afirmou lamentar o ocorrido e declarou que não está acima da lei. "Todos podem errar, inclusive eu", ressaltou, garantindo sua "boa fé". Dono de duas estrelas no Guia Michelin, o cozinheiro foi um dos que prepararam pratos para líderes mundiais na COP21, conferência que se encerrou com a assinatura de um acordo entre 195 países para limitar o aquecimento global.