O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, aumentou o tom, após aparentemente aceitar bem a derrota do chavismo nas eleições legislativas do dia 6. No último final de semana, o líder pediu que as Forças Armadas estejam preparadas para lutar após a oposição conquistar super maioria na Assembleia Nacional, ou seja, dois terços das cadeiras do Congresso. Em ato, ele pediu que militares se preparem para "guerra não convencional". "Eu apenas lhes digo, mulheres e homens, preparem-se para defender o país e que ninguém hesite. Não vamos permitir que a direita e a burguesia, das posições de poder onde estão, entreguem a soberania, a independência e a Justiça que foram construídas durante esses anos de sacrifício", declarou.
Na semana passada, Maduro reconheceu a derrota do chavismo nas urnas e disse, em mensagem em cadeia nacional, que "decidimos com a nossa moral, com a nossa ética, reconhecer estes resultados adversos, aceitá-los e dizer à Venezuela que a Constituição e a democracia triunfaram".
"Sempre temos sabido reconhecer os resultados, em todas as circunstâncias", disse na ocasião, diminuindo o tom após ameaçar uma revolução durante a campanha eleitoral caso o chavismo perdesse. Enquanto Maduro discursava neste sábado, opositores saíram às ruas na capital, Caracas, para celebrar a primeira derrota significativa do chavismo em quase 17 anos. População sofre com altos índices de criminalidade, falta de produtos de consumo básico, assim como as maiores taxas de inflação do mundo. (ANSA)