Matéria publicada no Financial Times, dia 21 de novembro, por Christian Oliver e Peter Spiegel, conta que o governo belga entrou em estado de alerta, por conta de uma ameça de ataque "específica e iminente a Bruxelas", recebida pela agência de inteligência, que também comunicou que o ataque seria comparado ao que aconteceu na sexta-feira (13), em Paris. Imediatamente o transporte público foi fechado e as ruas tomadas por com militares. Autoridades elevaram o nível de alerta de terrorismo para a capital belga ao seu nível mais alto e pediu aos cidadãos que evitassem locais com grandes multidões, o que levou ao cancelamento de quase todos os eventos esportivos e culturais na cidade no sábado (21).
Segundo a reportagem, o primeiro-ministro Charles Michel, em coletiva de imprensa, disse que as autoridades estavam trabalhando com uma "hipótese, sobre a qual vários indivíduos com armas e explosivos poderiam atacar, talvez até mesmo em vários lugares ao mesmo tempo". Didier Reynders, ministro das Relações Exteriores, disse que a inteligência acrescentou "suficiente elementos para se acreditar que a ameaça é específica e iminente". Embora o resto do país tenha se mantido em alerta nível 3, o aviso de segurança máxima para Bruxelas, desligou completamente da cidade. A autoridade de transporte público disse que o metrô seria fechada pelo menos até domingo à tarde, e todos os principais jogos de futebol, hóquei e basquete foram cancelados. As principais lojas de departamento e museus também permanecem estão fechados. Os prefeitos de Bruxelas disseram que não havia uma preocupação particular sobre delegacias de polícia, que foram alvo de um complô jihadista em janeiro. As pessoas vão ser impedidas de ir às delegacias de polícia pessoalmente, mas podem telefonar.
"A situação é grave, mas está sob controle", disse Jan Jambon, o ministro do Interior belga, enquanto se dirigia para uma reunião sobre a crise do governo na manhã de sábado. "Todos os serviços estão em alerta e eles trabalhando, literalmente, dia e noite." A capital belga ficou tensa após a revelação de que o único agressor sobrevivente do aqtque em Paris, Salah Abdeslam, foi levado de volta para a Bélgica por dois amigos do bairro de Bruxelas, chamado Molenbeek, nas primeiras horas da manhã seguinte ao ataque, que deixou 130 mortos. Autoridades do governo disseram na sexta-feira que haviam sido informados sobre a caça ao senhor Abdeslam, em uma reunião de emergência no gabinete, mas o enredo descrito por Michel foi muito além do que os investigadores haviam revelado anteriormente sobre os ataques contra o terrorismo que continuam em curso, em Bruxelas, na semana seguinte ao ataque á Paris.
A Bélgica tornou-se um foco particular dos serviços de inteligência internacionais nos últimos anos. Em termos per capita, a Bélgica tem o maior número de moradores que foram para a Síria. De acordo com um comunicado emitido pelo centro de crise do governo belga, o alerta foi emitido após um encontro na sexta-feira a noite com o Grupo de Coordenação Threat Assessment, que reúne os serviços de segurança e analistas da nação.