Matéria publicada no El país, dia 18 de novembro, conta que ex- presidente do governo espanhol, Felipe González recebeu o prêmio Liderança para as Américas, da Inter-American Dialogue, Washington, na última semana. A instituição honrou o "incansável, forte, eficaz e contínuo" serviço público dos "agentes de mudança mais influentes" do hemisfério ocidental.
A reportagem diz que o socialista González, que foi presidente entre 1982 e 1996, levou o prêmio por manter seus laços estreitos com a América Latina e analisar a situação na região. O ex-presidente criticou muito o governante da Venezuela, Nicolás Maduro.
"Na Venezuela não há somente uma ditadura, e sim uma tirania arbitrária", disse ele, sob aplausos, em seu discurso de aceitação do prêmio em um jantar, em hotel da cidade. "Quando as regras não são respeitadas, o poder é exercido de forma arbitrária." Desde que deixou La Moncloa, Gonzalez, de 73 anos, esteve intimamente ligada à América Latina, com visitas frequentes à região. Nos últimos meses, tem sido ativamente envolvido na crise política venezuelana. Em junho, ele viajou para Caracas para participar da defesa de Leopoldo Lopez e Antonio Ledez, líderes da oposição. González foi um dos 25 presidentes ibero-americanos, que assinou em abril um documento denunciando "falta de garantias democráticas" na Venezuela, exigiu a libertação de prisioneiros políticos e a realização de eleições "livres e justas".