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The New York Times indaga: Putin está ganhando?

Ele pode não fortalecer  a Rússia, mas sim enfraquecer alianças ocidentais 

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Em matéria de Ross Douthat ao jornal americano, ele insinua que mais uma vez, Vladimir Putin está influenciando a Casa Branca de Obama. Novamente, os analistas de política externa norte-americanos não chegam a conclusão se ele age por brilho ou desespero. A ação de bombardeio de Putin na Síria seria um golpe de mestre geopolítico? Ele está preenchendo um vácuo regional, a criação de um novo eixo de Bagdá-Teerã-Damasco-Moscou, o que demonstra a impotência da política externa americana? Ou seria Putin agindo com força, tentando salvar uma posição deteriorada? 

O jornal The New York Times, continua indagando: É o Oriente Médio, como a sua intervenção ucraniana, uma operação predestinada a recuperar o terreno que a Rússia perdeu? Será que devemos ignorar a sua arrogância e tomar nota de sua economia em declínio, assumir que a sua intervenção na Síria vai levar a um atoleiro e contra-bombardeio?

Segundo a análise de Ross Douthat, a realidade é que essas curiosas interpretações não são mutuamente excludentes. Se sucesso significa uma Rússia mais próspera com uma variedade de estados interligados, uma base doméstica sólida para o regime de Putin, e a reemergência da Rússia, como uma rival civilizacional atraente para o Ocidente liberal democrático (a fantasia recorrente de putinistas), então não há nada particularmente impressionante sobre o registro do líder russo. Putin provavelmente trocaria todos os seus ganhos territoriais na Criméia e Donetsk para a Ucrânia, mantendo-se firme em sua órbita diplomática e econômica.

The New York Post, nesta matéria, lembra que a linha de frente da agressão russa na Europa Oriental é um território que Moscou governou com facilidade, e até lá,  Putin tem que se contentar com empates. Sua incursão ao Oriente Médio é inevitavelmente limitada; mesmo depois de uma grande defesa, a Rússia está mal posicionada para liderar uma campanha militar arrebatadora longe de seu próprio território. Falcões americanos temem uma repetição da manobra de Putin nos Estados bálticos, que são certamente vulnerável a mal russo.