Investigado por causa de uma denúncia de peculato, o ex-presidente do Instituto para as Obras de Religião (IOR) - também conhecido como Banco do Vaticano -, Angelo Caloia (1989-2009), disse que está "atônito e profundamente abatido" com o inquérito.
"Posso assegurar-lhes a minha total estranheza aos fatos publicados pela imprensa", afirmou ele, em uma carta endereçada ao conselho de administração da Veneranda Fabbrica del Duomo di Milano, instituição criada há 600 anos para supervisionar a construção e a preservação do Domo de Milão.
Caloia era presidente do órgão, mas renunciou ao cargo nesta segunda-feira (8) por conta do caso. Há algumas semanas, ele é investigado pelo Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano por uma suspeita de peculato em operações imobiliárias ocorridas entre 2001 e 2008.
O inquérito ainda atinge o ex-diretor-geral do IOR Lelio Scaletti e um advogado. A denúncia foi apresentada pelo próprio banco, que também bloqueou as contas dos envolvidos.