O capitão Lee Jun-seok, responsável pela balsa Sewol, que naufragou no dia 14 de abril, matando 304 pessoas na Coreia do Sul, foi condenado a 36 anos de prisão pela Corte de Gwangju, nesta terça-feira (11). No entanto, ele foi absolvido da acusação de assassinato. A promotoria pedia a pena de morte a Jun-seok. Informou a agência Yonhap.
O capitão foi acusado de ter abandonado a balsa Sewol, logo após a primeira unidade de socorro chegou até a embarcação, que naufragava. A maior parte dos 476 passageiros da balsa era de estudantes, que viajavam até uma ilha.
Além do capitão, a Corte condenou o engenheiro chefe da Sewol, identificado como Park, a 30 anos de prisão, também por ter deixado a embarcação sem ajudar os passageiros. Outros 13 tripulantes da balsa foram condenados a penas que variam de cinco a 20 anos de prisão, por abandono e violação das normas de segurança naval. A própria presidente coreana, Park Geun-hye, comentou a indignação pública com o episódio. Ela comparou o abandono da tripulação a homicídio e pediu pena severa aos responsáveis.
O governo encerrou as buscas pelos desaparecidos na manhã desta terça-feira. As equipes de resgate trabalharam durante sete meses. Dos 304 mortos, 295 corpos foram resgatados, permanecendo nove desaparecidos. (ANSA)