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Estado Islâmico afirma ter decapitado refém britânico

Se a veracidade do vídeo for confirmada, será a terceira execução seguida

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O Estado Islâmico (EI) anunciou a decapitação do refém britânico David Haines, em represália à entrada da Grã-Bretanha na coalizão formada para combater o grupo extremista jihadista, revelou neste sábado o centro americano de monitoramento da Internet (SITE).

Em um vídeo publicado na internet, Haines é decapitado por um combatente com o rosto coberto. Se a veracidade da gravação for confirmada, será a terceira execução de um refém ocidental por parte do EI em poucas semanas, após a morte de dois jornalistas americanos na Síria.

No vídeo de 2 minutos e 27 segundos, sob o título de "Mensagem aos Aliados da América", o grupo jihadista reprova a Grã-Bretanha por aderir à coalizão liderada pelos Estados Unidos para combater o Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.

"Vocês entraram voluntariamente nesta coalizão com os Estados Unidos contra o Estado Islâmico, como vosso predecessor Tony Blair fez antes de vocês, seguindo uma tendência dos primeiros-ministros britânicos que não têm coragem de dizer não aos americanos", diz o carrasco em mensagem dirigida ao governo de David Cameron.

O homem encapuzado, que parece ser o mesmo carrasco dos jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff, afirma que a aliança contra o EI "acelerará vossa destruição e afundará os cidadãos britânicos em outra guerra sangrenta e perdida".

O carrasco ameaça ainda executar outro refém britânico em poder do EI.

O Ministério das Relações Exteriores britânico afirmou que trabalha "com urgência para verificar" o vídeo que supostamente mostra a decapitação do voluntário.

"Tomamos conhecimento do vídeo e estamos trabalhando com urgência para verificar seu conteúdo", afirmou um porta-voz do ministério.