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Vídeo mostra militantes do Estado Islâmico decapitados

Ação foi feita por xiitas que combatem o grupo jihadista

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Membros xiitas das forças iraquianas que combatem o Estado Islâmico (EI, ex-Isis), publicaram na internet, vídeo em que aparecem dois homens decapitados, nesta terça-feira (9). Os inimigos mortos seriam do próprio EI, capturados em batalha na cidade de Amerli, ao norte de Bagdá, capital iraquiana.

    O vídeo foi publicado em um site de notícias árabe e mostra milicianos xiitas reunidos na região de Amerli, cidade tradicionalmente habitada por turcomanos xiitas, mas que havia sido ocupada pelas forças do EI. "Somos a brigada da paz, o batalhão de Imam Ali", afirma o líder do grupo, ao lado de cabeças de dois homens. "Esta mensagem é para o inimigo Estado Islâmico. Cortaremos suas cabeças e esmigalharemos seus crânios", afirma o líder. O vídeo é concluído após cânticos.

    Soldados também cospem sobre as cabeças decapitadas.

    Nas últimas semanas, o EI divulgou vídeos que mostraram a decapitação de supostos inimigos e também dos jornalistas norte-americanos, James Fooley e Joel Sotloff.

    Ataque britânico - O primeiro-ministro David Cameron analisa a possibilidade de se juntar aos Estados Unidos e participar dos ataques aéreos contra posições do EI no Iraque, nas próximas semanas, informa o jornal The New York Times. Cameron está avaliando o tempo para a intervenção contra o grupo jihadista, considerado a pior ameaça ao país, pelo primeiro-ministro.

    A decisão de Cameron não deve ser divulgada antes da Assembleia Geral da ONU, no próximo dia 24, em Nova York. O primeiro-ministro também espera o apoio de Ed Miliband, líder do Partido Trabalhista, da oposição, para ir ao Parlamento pedir autorização para atacar o EI.

    Estrada da Jihad - Os Estados Unidos teriam pedido ao governo turco para que fechem a chamada "auto-estrada da Jihad". A rodovia atravessa o território da Turquia até a Síria e o Iraque e tem sido usado por milhares de milicianos do EI para chegar aos dois países. A informação foi divulgada pela imprensa turca, após a visita do secretário de defesa norte-americano, Chuck Hagel, ao país.

    Segundo a imprensa, os EUA pediram que a Turquia controle o fluxo na estrada, bloqueando a passagem de possíveis milicianos.

    Além, disso, os norte-americanos querem utilizar a base de Incirlik, na fronteira com o Iraque, em suas investidas contra o EI. A oposição na Turquia acusa o governo de conivência e apoio ao EI. O governo de Recep Erdogan nega a acusação. O EI possui 49 reféns turcos, capturados no consulado do país, em Mosul.

Obama parabeniza Abadi - O presidente dos EUA, Barack Obama, telefonou ao novo primeiro-ministro iraquiano, Haider al Abadi, parabenizando-o pela aprovação do novo governo pelo Parlamento.

    Obama enalteceu Abadi pelos "esforços de Abadi e líderes iraquianos de formarem um novo governo que sabe da necessidade de trabalhar junto com os Estados Unidos", disse.

    Para o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, a formação de um novo governo iraquiano é um marco importante para o futuro do país. "É a possibilidade de unir o Iraque para enfrentar a ameaça do Estado islâmico", disse Kerry, que vai a Gedda, na Arábia Saudita, para encontrar-se com os ministros das Relações Exteriores dos países membros do Conselho de Operações do Golfo (GCC) e também do Iraque, Jordânia e Egito, para discutir a luta contra o EI. O encontro é uma tentativa dos EUA em formar uma grande coalizão contra o grupo jihadista. (ANSA)