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Novo vídeo mostra decapitação de curdo no Iraque

Filmagem é atribuída ao Estado Islâmico

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Os jihadistas do Estado Islâmico (EI, ex-Isis) divulgaram nesta sexta-feira (29) um novo vídeo no qual mostra a decapitação de um prisioneiro curdo em Mosul, a segunda cidade iraquiana nas mãos dos extremistas desde maio passado.

    O vídeo foi publicado no Youtube e lembra a recente filmagem da decapitação do jornalista norte-americano James Foley, divulgada no último dia 19.

    A filmagem tem o título "Uma Mensagem de Sangue" e mostra alguns "milicianos curdos prisioneiros" vestidos com a túnica laranja que no passado era usada por detentos na prisão de Guantánamo. As imagens mostram o líder curdo Masud Barzani e o presidente norte-americano, Barack Obama.

    Os milicianos jihadistas vestidos com túnicas pretas e encapuzados aparecem no fundo de uma mesquita de Mossul.

    Ajoelhado, diante dos jihadistas, se vê um homem com a túnica cor de laranja. Como já aconteceu no vídeo da morte de Foley, um dos reféns lança uma mensagem política, desta vez para as autoridades curdo-iraquianas.

    "Não deixem que a América intervenha na nossa região. As nossas almas estão nas suas mãos. Qualquer erro ou imprudência por parte de vocês nos custará a vida".

    Por sua vez, o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon denunciou hoje o "massacre de civis" por parte dos jihadistas do EI no norte do Iraque.

    "Todas as grandes religiões tem no coração a paz e a tolerância", disse Ban na 6ª Conferência da Aliança das Culturas da ONU que acontece na ilha de Bali, na Indonésia.

    "É por isso que estou particularmente indignado pelas informações vindas do Iraque que falam de massacres de civis por parte do Isis", disse ele.

    "Comunidades inteiras que vivem há gerações no norte do Iraque são obrigadas a fugir da pena de morte, simplesmente por causa de sua crença religiosa", denunciou o funcionário da ONU.

    Ontem (28) extremistas islâmicos divulgaram um vídeo que mostra quatro homens sendo decapitados. Eles eram acusados de espionagem e de fazerem parte do Mossad, o serviço secreto de Israel. (ANSA)