O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, declarou o fim do ataque ao luxuoso shopping Westgate, em Nairóbi, invadido e ocupado desde o meio-dia de sábado por terroristas somális da Al-Shabab. "Humilhamos e derrotamos os invasores", afirmou em pronunciamento em rede de televisão na tarde desta terça.
Kenyatta também informou que, desde sábado, foram contabilizadas as mortes de 61 civis, seis membros das forças de segurança do Quênia e cinco terroristas, o que eleva para 72 o total de mortos no cerco do Wesgate, embora ainda possa haver mais corpos dentro do centro comercial. "Como nação, nossa cabeça está sangrando mas não tombada", disse, afirmando que as perdas causadas por esta crise foram "imensas".
Na noite de ontem, o governo queniano já anunciara ter "retomado o controle" do shopping, mas seguiram-se mais várias horas de conflito no centro, onde terroristas ainda mantinham reféns e entravam em conflito com as forças de segurança.
Até agora, foram confirmadas as mortes de cinco terroristas e a detenção de outros 11. O ataque foi imediatamente reivindicado pelo grupo radical islâmico Al-Shabab, mas até agora não informação sobre suas identidades. Hoje mesmo, o governo somáli pediu ajuda internacional para obter informações sobre os responsáveis pelo ataque no vizinho Quênia, no qual suspeita-se que estaria envolvida Samantha Lewthwaite, viúva de um dos terroristas do atentado de Londres, em 2005.
O Al-Shabab é um grupo terrorista originário e atuante na Somália. O grupo, que recentemnte anunciou união à rede Al-Qaeda, responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, vem perdendo forças e anunciou em 2011 uma retirada estratégica da capital somáli, Mogadíscio.