Um tribunal do Cairo, capital do Egito, acolheu hoje (23) um recurso para interditar as atividades da Irmandade Muçulmana, estabelecendo o confisco de seus bens e o fechamento de todas as suas sedes. A sentença foi dada em primeiro grau.
O pedido foi apresentado por um partido de esquerda egípcio, o Tagammoe, que acusou o grupo de estocar armas nos seus escritórios e de estar envolvido com esquemas ilegais.
Anteriormente, a organização já havia sido alvo da justiça, que tentou bloquear suas operações sustentando que ela não se enquadrava nos requisitos da lei sobre Organizações Não-Governamentais (ONGs), que era como a Irmandade Muçulmana estava registrada no país.
O grupo foi fundado em 1928 e oficialmente banido em 1954 pelo presidente Gamal Abdel Nasser. Apesar de permanecer na clandestinidade, suas atividades eram toleradas pelo governo de Hosni Mubarak, durante o qual alguns de seus membros chegaram ao Parlamento como deputados independentes.
O presidente deposto pelo exército em julho, Mohamed Morsi, era um dos maiores expoentes do seu braço político, chamado Justiça e Liberdade. (ANSA)