A polícia turca desocupou na noite da última terça-feira a praça Taksim, em Istambul, centro dos tumultos que há 12 dias estão ocorrendo no país, começando como um protesto contra a demolição do parque Gezi e continuando como um movimento contrário ao governo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan. As forças de segurança turcas confrontaram durante toda a noite da última terça-feira as 5 mil pessoas que participaram do protesto contra o governo.
Os últimos gases lacrimogêneos foram lançados por volta das 3h da noite (22h no horário de Brasília). Em seguida, os manifestantes se retiraram do local, que foi ocupado pela polícia.
O líder da oposição turca, Kemal Kilicdaroglu, do Partido Republicano do Povo (CHP, na sigla em turco) lançou um apelo ao presidente turco, Abdullah Gul, para que ele tome uma iniciativa para parar a violência e pediu ao mandatário que convoque uma reunião com a liderança de todos os principais partidos para diminuir a tensão no país.
Entretanto, o Conselho Supremo turco da Rádio e da Televisão (RTUK, na sigla em turco), órgão nomeado pelo governo Erdogan, multou as pequenas televisões que transmitiram ao vivo as manifestações de protesto, alegando que "produziram um dano ao desenvolvimento físico, moral e mental de crianças e jovens".