Brasília – O 18 º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC) anunciou hoje (14) os nomes do novo Comitê Central e da nova Comissão Central de Inspeção Disciplinar. Os novos líderes cumprirão um mandato de cinco anos. A escolha foi definida por 2.307 delegados do partido. O comitê e a comissão representam os núcleos mais importantes do comando político chinês.
O anúncio sobre a nova composição política foi feito pelo presidente da China, Hu Jintao. Em discurso, ele disse que o novo Comitê Central do PCC substitui os “velhos líderes pelos novos”. Segundo Hu Jintao, as mudanças visam ao “desenvolvimento conjunto” do país em favor do “socialismo chinês e suas características próprias”.
Para amanhã (15) é esperada a oficialização do nome de Xi Jinping como novo presidente da República e de Li Keqiang como primeiro-ministro. Também deverão ser anunciados os novos nomes escolhidos hoje. Participam do congresso, além de Ju Jintao e Xi Jinping, da Secretaria Central do Partido Comunista, o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao e várias autoridades.
Desde o dia 8, os dirigentes chineses estão reunidos no 18 º Congresso Nacional do PCC. Ao anunciar a decisão de substituir os antigos líderes pelos novos, Hu Jintao apresentou relatório, no qual defende a manutenção do socialismo, o respeito à diversidade étnica presente na China e reitera que todas as decisões são baseadas no marxismo.
“Vamos implementar uma política de reforma e abertura, superando todas as dificuldades com firmeza e em marcha no caminho do socialismo com características chinesas”, destaca o texto do relatório. “Temos que valorizar essas realizações, mantendo-as, e continuar a enriquecê-las para alcançar nova vitória para o socialismo”.
Criticado por parte da comunidade internacional devido à forma como trata as questões ambientais e de desenvolvimento sustentável, o governo chinês diz, no relatório, que uma das metas é “fazer grandes esforços para promover o progresso ecológico”. “Devemos aumentar a consciência ecológica com base no respeito, no acolhimento e na proteção da natureza, incorporando o progresso ecológico em todos os aspectos e visando aos avanços econômicos, políticos, culturais e sociais”, acrescenta.
As regiões de Hong Kong e Macau também são mencionadas no relatório. Os dirigentes advertem sobre a necessidade de ambas manterem-se “unidas” à China e condenam as tentativas de autonomia de alguns grupos. “Devemos ser firmes em nossa determinação de defender os interesses de segurança, de soberania e de desenvolvimento da China”, reitera o texto.