Os ministros e autoridades de Turismo dos países membros da Unasul (União de Nações Sul-americanas), reunidos na cidade de Quito, anunciaram nesta quinta-feira (13) a criação de um Grupo de Trabalho para o Turismo na região, com o objetivo de facilitar o trânsito de pessoas pela continente, com a redução das tarifas aéreas e a maior cooperação entre as nações.
A decisão foi tomada durante reunião na última quarta-feira (12) com representantes dos ministérios do Turismo dos 12 países pertencentes ao bloco, incluindo o Brasil. Segundo a vice-ministra do Turismo do Peru, Claudia Cornejo, as negociações estão avançadas e as primeiras reuniões do grupo já devem acontecer em novembro.
“É muito importante que o turismo da região seja incentivado. As atividades de integração têm aumentado no continente de forma geral e o turismo também. É preciso facilitar a locomoção de pessoas, derrubando as burocracias e altas tarifas aéreas” afirmou o vice-ministro de Turismo colombiano, Oscar Rueda García.
Para a diminuição nas tarifas aéreas, García ressaltou que a única solução para o continente é “sentar e negociar com as companhias e ver onde é preciso mudar, o que temos que melhorar em infraestrutura para que estes custos sejam menores. Hoje em dia, por exemplo, é mais barato viajar de Bogotá para Miami do que para a Venezuela”, contou.
O anúncio foi feito em entrevista coletiva pelos vice-ministros do Peru, Colômbia, Uruguai e Bolívia, durante o XX Congresso Interamericano de Ministros e Autoridades em Turismo.
Brasil
A pouca representatividade brasileira tem marcado as reuniões e negociações no Congresso. Mas, segundo o representante do país, Patric Lottici Krahl, a integração do país com o resto do continente deve aumentar depois das resoluções acordadas em Quito.
“Por muito tempo o Brasil se manteve isolado, muito reflexo de sua política externa, que era mais voltada para a Europa e os Estados Unidos. Isso tem mudado muito nos últimos anos. Além de nossa mudança de postura, muitas coisas têm contribuído para este processo, como a eliminação da necessidade do passaporte para viajar entre os países e até a crise econômica, que apronfundou o turismo regional”, afirmou.
*A repórter viajou a Quito a convite do Ministério do Turismo do Equador.