A porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland disse, nesta terça-feira, que os Estados Unidos estão "seriamente preocupados" com as informações sobre confrontos mortais nas regiões tibetanas da China onde, segundo denúncias de uma ONG, a polícia abriu fogo contra manifestantes pacíficos.
"Pedimos ao governo chinês que regule a questão da política contraproducente realizada nas zonas tibetanas, criadora de tensão, além de ameaçar a identidade religiosa, cultural e lingüística do povo tibetano", destacou.
"Insistimos em que o governo chinês empreenda um diálogo construtivo com o Dalai Lama e seus representantes para aplacar as preocupações dos tibetanos", acrescentou Nuland.
Segundo a ONG Free Tibet, com sede em Londres, as forças de segurança chinesas abriram fogo na segunda-feira contra manifestantes desarmados nas proximidades do mosteiro de Drakgo, na região tibetana de Ganzi (sudoeste), causando pelo menos um morto e dezenas de feridos, no caso mais grave de repressão pelas forças de segurança na região desde 2008.
Outra organização não governamental, a International Campaign for Tibet (ICT), elevou a três o número de mortos, enquanto que o governo tibetano no exílio (CTA), com sede em Dharamsala (na Índia), mencionou seis mortos.
Segundo o governo, um pequeno grupo formado por dezenas de pessoas, algumas delas levando facas, atirou pedras na polícia e destruiu dois veículos, uma ação que motivou a reação dos agentes.