A Casa Branca expressou nesta segunda-feira "sua preocupação" com a atual crise política no Iraque, após a ordem de prisão emitida contra o vice-presidente, Tarek al-Hachemi.
O porta-voz da Presidência americana Jay Carney afirmou que os Estados Unidos estão "inquietos" em relação à crise iraquiana, iniciada após a partida dos últimos soldados americanos estacionados naquele país.
Carney exortou todas as partes a "trabalhar para resolver" suas divergências "de maneira pacífica e através do diálogo, respeitando o Estado de Direito e o processo político democrático".
Segundo funcionários da Segurança e da Justiça iraquianas, um comitê jurídico de cinco membros emitiu nesta segunda-feira um mandado de prisão contra Tarek al-Hachemi, baseado nas "leis antiterroristas".
O mesmo comitê jurídico já havia proibido Hachemi de viajar ao estrangeiro.
A notícia foi dada pela emissora estatal de televisão Al Iraqiya, que difundiu sequências nas quais, segundo o ministério do Interior, os guarda-costas de Hashemi confessam que praticaram atos terroristas e que receberam recursos e apoio do vice-presidente.
Pelo menos 13 guarda-costas de Hashemi foram detidos nas últimas semanas, embora se desconheça quantos permanecem presos.
O presidente iraquiano, o curdo Masud Barzani, pediu um diálogo urgente para prevenir o desmonte do governo de unidade nacional, advertindo que "a situação se dirige para uma profunda crise".